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sábado, 29 de abril de 2017

01/05/2017 - DECLARAÇÃO INTERNACIONAL

Saudações ao proletariado internacional
Greetings to the International Proletariat
अंतरराष्ट्रीय सर्वहारा वर्ग के लिए बधाई
Saludos al proletariado internacional
Χαιρετισμούς στο διεθνές προλεταριάτο


Socialist Fight - Grã Bretanha
Ady Mutero, Revolutionary Internationalist League – Zimbabwe
Mohammad B.Ul Haq Sinha, Inter Press Network – Bangladesh


Neste ano do centenário da revolução russa, o evento mais progressivo na história humana, reconhecemos que o proletariado mundial enfrenta grandes perigos. Mas também, estamos confiantes de que imensas oportunidades surgirão para aqueles que continuam a lutar para que o programa da Revolução Mundial.

A crise desencadeada pelas hipotecas subprime e o colapso do banco Lehman Brothers nos EUA, em 2008, ainda reverberam na economia global. A saída das elites financeiras mundiais para a crise da crescente dívida pública e da queda de suas taxas de lucros, consequências endêmicas do modo de produção capitalista, como o próprio Marx analisou, é a ascensão do chauvinismo nacional e do protecionismo econômico.

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Após ver suas promessas populistas abortadas pelo establishment, Trump foi obrigado a assumir a continuidade das tarefas deixadas por Obama de forma acelerada, esforçando-se para cumprir a agenda imperialista. Internamente, ao contrário das promessas de criação de empregos e retomada o aparato industrial, a classe trabalhadora de conjunto segue perdendo seus direitos trabalhistas e sociais. Enquanto as grandes corporações seguem livres impondo extensivas jornadas de trabalho e reduzindo salários que já estão baixos.

Externamente, a reviravolta em sua política sobre a Síria, após os “ataques sob falsa bandeira” com gás sarin (04/04) para incriminar o governo de Damasco, o lançamento de 59 mísseis Tomahawk (07/04) e as ameaças belicistas à Coréia do Norte tornaram o mundo mais perigoso.

Por quase 1/4 de século desde a dissolução da URSS e 16 anos desde o início da “Guerra ao terror”, o imperialismo estadunidense foi obrigado a reafirmar sua hegemonia sobre o planeta apoiando-se em sua força militar para compensar o seu declínio econômico. As Invasões do Iraque e Afeganistão, os ataques a Líbia, Síria e na Ucrânia (que muitos da esquerda vergonhosamente aprovaram, apresentando-os como “Revolução”), o Golpe de Estado brasileiro em 2016 e a tentativa de Golpe de Estado em curso na Venezuela são parte da mesma ofensiva imperialista.

O inimigo central de toda a humanidade é o belicismo potência hegemônica mundial, os EUA, seus aliadas imperialistas na UE e no Japão e suas grandes Bolsas de Valores e corporações transnacionais que exercem a pilhagem planetária vigiada pelas máquinas de guerra do EUA e da OTAN, muitas vezes maiores do que as forças militares combinadas da China e da Rússia. Nem a RÚSSIA nem a CHINA são potências imperialistas no sentido marxista.

GRÃ BRETANHA

O voto pelo Brexit foi parte deste processo. Uma ala direita, populista da classe dominante tentou desviar a raiva da classe trabalhadora do sistema capitalista para os outros trabalhadores, para os imigrantes, em primeiro lugar, a fim de promover o nacionalismo xenófobo. Até Jeremy Corbyn, o líder “de extrema esquerda” do Partido Trabalhista britânico sucumbiu ao chauvinismo anti-imigrante vestido de imperialismo anti-UE.

A taxa de desemprego no Reino Unido é de apenas 4,7%, a mais baixa desde 1975, mas os contratos de zero horas aumentaram 101 mil no último trimestre de 2016 para 905 mil em comparação com o ano anterior. Este setor super-explorado viu uma série de greves e ações judiciais para desafiar isso e o sistema de agência que o impõe. Motoristas de entrega de fast food, correios e trabalhadores do cinema têm conduzido uma série de greves para um salário digno e reconhecimento sindical.

GRÉCIA

As enormes manifestações de militantes de 2010-2012 e a onda maciça de radicalização pertencem ao passado. A derrota nas ruas combinada com a falência da via parlamentar e a capitulação completa do SYRIZA aos ditames da burguesia grega, a UE e ao FMI deixaram a maior parte do proletariado desmoralizado, em busca de soluções individuais, especialmente na ausência de uma alternativa política da própria classe trabalhadora em quê acreditar.

A burguesia aumenta o ataque contra os direitos dos trabalhadores, rasgando o que resta do ‘welfare state’ (Estado de bem estar social) e deixando claro que a era do contrato social e de um certo arranjo entre as classes se foi para sempre.

Sem subestimar das batalhas que necessidade de lutar nos colocam, nem abster-se delas, a vanguarda e o movimento precisam entender que o protesto social e a luta de classes dentro dos limites aceitáveis conduz-nos a um beco sem saída. A experiência do Syriza comprova que só há uma maneira avançar, na luta intransigente contra a burguesia e seu Estado.

FRANÇA

No segundo turno das eleições presidenciais francesas, o candidato "nem direita, nem esquerda", Emmanuel Macron, vai disputar a votação final com a líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, em 7 de maio. Macron se beneficiou do apoio maciço do capital financeiro, dos principais meios de comunicação, de todas as alas do aparato do Partido Socialista, da central sindical CFDT e de todos aqueles que impuseram a vergonhosa Lei do Trabalho. Macron iniciará todas as chamadas "reformas" em benefício do MEDEF, a federação dos empregadores. Mas, como Renzi na Itália, Macron logo enfrentaria o movimento da classe trabalhadora francesa que não esqueceu a grande luta de classe contra a lei trabalhista do ano passado.

Sabendo bem que o fascismo não pode ser interrompido através das eleições burguesas, apoiamos as mobilizações contra os elementos lumpens, suas milícias e sua agenda totalmente reacionária. Não apoiamos nenhum candidato nesta eleição a qual reconhecemos que já se encontra viciada.

BRASIL

Os trabalhadores começaram a reagir aos ataques do governo instalado após o Golpe de Estado de 2016. Retomam gradualmente suas lutas, realizando sua primeira greve geral após quase três décadas de adormecimento, burocratização e desorganização estabelecidas pela política de colaboração com a burguesia realizada pelo PT e a CUT.

A luta de classes se encontra em uma encruzilhada. De um lado, a burguesia estimula a sua ala direita para consolidar um golpe dentro do golpe e estabelecer uma ditadura judicial-militar no país para ampliar a escravidão da classe trabalhadora, anulando seus direitos históricos (trabalhistas e previdenciários, saúde e educação públicos e gratuitas). De outro lado, o único meio de derrotar essa onda reacionária está na frente única contra regime golpista e, simultaneamente, no calor da luta contra a direita, superar as direções oportunistas e sectárias e realizar a completa reorganização da luta dos trabalhadores e da sua vanguarda revolucionária.

ARGENTINA

O ajuste imposto pelo governo Macri se apoia no desemprego, como uma arma para derrotar os trabalhadores, e na cumplicidade passiva da burocracia sindical. Todavia, as bases sindicais integradas pelos trabalhadores obrigaram as burocracias a fazer uma greve geral com 90% de adesão.

A possibilidade de que as lutas dos trabalhadores sejam vitoriosas está na conquista da independência das organizações dos próprios trabalhadores, tanto em relação ao Estado capitalista, como expulsando a burocracia sabotadora dos sindicatos.

ÍNDIA

Hoje em dia, alguns prevêem o advento da “III Guerra Mundial”, como dizem: “A guerra está chegando e começará muito em breve”. Mas, a guerra real já está acontecendo. A guerra da qual falamos teve início quando o capital começou a acumular lucros privados explorando o trabalho excedente de milhões dos trabalhadores. Há um dito marxista que agora é bastante popular na mídia social que diz: NÃO A GUERRA, MAS, GUERRA DE CLASSE, que resume a posição comunista sobre a questão e necessidade da “guerra”. Como antiimperialistas, estamos estritamente contra as guerras imperialistas de anexação, que envolve a extrema ganância por realizar os lucros privados - o que nós, os comunistas, desprezamos fortemente.

Na Índia, apenas o movimento operário (proletariado industrial + proletariado agrícola) liderado pela juventude progressista e radical seria capaz de controlar a ascensão do fascismo, ou seja, do capitalismo moribundo. Uma mudança radical, isto é, uma revolução socialista global é a única necessidade de nossa época.

CONCLUSÃO

Embora a classe trabalhadora ainda encontre-se na defensiva internacionalmente, no entanto, ela agora está de volta a realizar lutas importantes que podem ser vitoriosas desde que o setor mais consciente do proletariado, sua vanguarda comunista, lhes apresente uma alternativa política revolucionária e assuma a responsabilidade para a execução dessa alternativa.

Não à guerra, o principal inimigo está sempre em casa em cada país imperialista!

Defender a China, a Rússia, a Síria, a Ucrânia, Venezuela, Cuba e Coreia do Norte contra o ataque imperialista, sem apoiar politicamente suas direções burguesas, nacionalistas e estalinistas!

Não ao controle de imigração; nenhum trabalhador é ilegal! Não à austeridade, defender os empregos, as condições de educação e a saúde da classe trabalhadora!