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sábado, 24 de setembro de 2011

TEORIA REVOLUCIONÁRIA

O que são classes sociais ?
Do Folha do Trabalhador #1

Pirâmide do sistema capitalista de cima para baixo:
a burguesia, a igreja, as forças armadas (exército, polícias), a pequena burguesia e o proletariado
Imagine uma sociedade onde todos produzem coletivamente, e consequentemente, o resultado deste esforço conjunto de cada trabalhador é repartido entre todos os membros de tal sociedade. Não há um grupo reduzido de privilegiados se beneficiando do suor de muitos e nem exploração do homem pelo homem. Também não há miséria, e nem crianças desamparadas, pois em tal sociedade prevalece a igualdade entre seus cidadãos, como viviam, por exemplo, os índios brasileiros num comunismo primitivo, até a chegada dos colonizadores portugueses. Assim eram as sociedades primitivas antes de sua divisão entre grupos de interesses opostos dentro da sociedade, denominados classes sociais.



As classes se diferenciam pelo papel que cada membro desta sociedade ocupa no processo de produção e circulação de riquezas. Os donos das fábricas, empresas de ônibus, grandes redes comerciais, hospitais, escolas e etc., são os burgueses. Estas pessoas fazem parte da classe dominante que controla o governo, o Estado, a justiça, a polícia, os meios de comunicação e o dinheiro, são os capitalistas. A burguesia se apossa do que é produzido pela imensa maioria de seres humanos, os trabalhadores, que tudo produzem mas não ficam com quase nada.


Os trabalhadores, a classe dominada, são destituídos de tudo, a não ser seus braços para trabalharem. Vendem o seu trabalho em troca do salário para o seu sustento, estes são os proletários, ou classe dos escravos assalariados modernos.


A burguesia, os capitalistas e os trabalhadores assalariados, os proletários, são as duas classes fundamentais de todas as sociedades hoje.


Além destas duas classes existem os que possuem pequenas propriedades, comércios no campo e na cidade, são a pequena burguesia que deseja se tornar burguesia, mas com a concentração cada vez maior do capital nas mãos de cada vez menos capitalistas, os pequenos burgueses acabam eles também sendo extorquidos pela burguesia e se aproximando muito na sua condição de vida dos proletários.


Existe uma luta constante entre as classes antagônicas ao longo da história, sobre a qual os revolucionários Karl Marx e Friedrich Engels, fundadores da teoria cientifica da libertação dos explorados, chamado “Socialismo Cientifico”, observaram muito bem:

“A história de toda a sociedade até aqui é a história da luta de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, ..., em suma, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora aberta, ora disfarçada, uma guerra que terminou sempre, ou por uma transformação revolucionária da sociedade inteira, ou pela destruição das classes em luta”. (Manifesto do Partido Comunista).

Para não se deixar explorar até a morte, os trabalhadores se organizam inicialmente em sindicatos a fim de lutarem por melhores salários, visando diminuir a extrema exploração que sofrem.


Hoje a maioria das direções sindicais são corrompidas pelos patrões que querem ter o movimento sindical em suas mãos impedindo até que os trabalhadores lutem por melhores condições de vida dentro do próprio capitalismo.


Mas houve momentos em que a classe trabalhadora chegou a um outro grau de organização de sua resistência. Este grau é superior à luta salarial, imediata e econômica. É a luta pelo controle do poder político por parte dos trabalhadores. Este controle não será alcançado pela via eleitoral, pois ao controlarem o Estado e os governos, os patrões também controlam as eleições.


Em 1871 foi a primeira vez que a nossa classe tomou o poder e fez um governo próprio. Mas ele durou pouco porque foi massacrado pela burguesia que se aproveitou da inexperiência política da luta pelo poder dos trabalhadores. Em 1917, os trabalhadores se organizaram em um partido revolucionário próprio, o partido bolchevique dirigido pelos revolucionários Lenin e Trotsky, que tomou o poder dos capitalistas.


Ao se apossarem do poder os trabalhadores garantiram o pleno emprego para toda a população, o fim do analfabetismo, a educação, a saúde, o transporte e a moradia gratuita para toda a população trabalhadora. Porém a Revolução Russa se burocratizou, mas este é um assunto para as próximas edições da Folha do Trabalhador. Mas que fique a lição: os trabalhadores só poderão ser completamente livres com o fim da sociedade de classes.